Abul localiza-se na margem direita do estuário do Sado, entre Alcácer do Sal e Setúbal, próximo da foz da ribeira de S. Martinho. O sítio arqueológico ocupa um ligeiro esporão, formando uma península que se destaca na margem direita do Sado entre Setubal e Alcácer do Sal.
Abul é constituído, num primeiro momento, por um edifício de planta quadrangular que estava limitado por um muro, com cerca de 1 metro de espessura, e que define um quadrado quase perfeito (22 x 22 m). Na área limitada por este muro, e a ele adossados, foram edificados uma série de compartimentos rectangulares em volta de um pátio central, também de planta quadrangular (11 x 11 m). Os compartimentos da ala Sul, com 4.5 m de comprimento por 2.5 m de largura, são consideravelmente menores que os identificados nas restantes alas (com mais de 9 m de comprimento). Os dois grupos de salas diferenciam-se também ao nível do revestimento dos solos, que no caso das de menores dimensões é de argila vermelha, enquanto nas salas da área Norte, Este e Oeste os pisos são de areia mais ou menos compactada. Parece também relevante o facto de as salas a Norte, Este e Oeste darem acesso directo ao pátio central, e as da ala Norte estarem separadas desse pátio por um corredor.
As intervenções arqueológicas permitiram identificar a existência de um estabelecimento orientalizante do século VII a.C. Desde 1990 que o sítio de Abul tem vindo a ser objecto de escavações, escavações essas dirigidas por Françoise Mayet e Carlos Tavares da Silva, no quadro da actividade da Missão Arqueológica Francesa em Portugal.
A sequencia de ocupação permitiu o estabelecimento de duas fases de construção.
A fase I constitui um momento de construção, utilização e abandono de uma estrutura muralhada.
A Fase II inicia-se com o abandono e parcial desmontagem da muralha, e pela posterior construção de um conjunto de estruturas que integram compartimentos de planta ortogonal.
A maioria das estruturas identificadas integra a Fase II de ocupação do sítio, cujo espólio permitiu enquadrar no periodo orientalizante.
As estruturas desta Fase são rectilineas e orientadas nos sentidos O-W e N-S, a organização ortogonal do conjunto edificado, forma compartimentos de planta rectangular ou quadrangular.
De um modo geral as estruturas apresentam cerca de 50 cm de espessura e são constituidas por uma base de blocos de pedra não aparelhados ligados ligados por um sedimento argiloso e uma parede de taipa que seria erigida sobre esta base petrea.
Os materiais recolhidos fornecem balizas cronológicas de ocupação do sítio em torno do seculo VII a.C., com possivel extensão ao século VI. a.C.
Estão presentes cerâmica manuais e cerâmicas a torno, nomeadamente ânforas, cerâmica cinzenta, cerâmica de engobe vermelho e cerâmica pintada em bandas.
A homogenidade tipológica apresentada dentro de cada uma destas categorias cerâmicas, vem confirmar a proposta cronológica.
A cerâmica de engobe vermelho surge em duas formas: o prato de bordo largo e a patera carenada. Tal como o tipo cerâmico anterior a ceramica pintada em bandas apresenta igualmente um reportório formal pouco variado, estando presentes os pithoi e as urnas Cruz del Negro.
As ânforas enquadram-se na sua totalidade no tipo R1 e a cerâmica manual é caracterizada pela abundante presença de taças carenadas que surgem nos contextos integrados na primeira fase de ocupação.
A fauna de Abul foi devidamente estudada, tendo ficado esclarecido que a maioria dos restos identificados pertencem a ovicaprinos, a bovinos, a coelhos, a suídeos e a cervídeos.
Os estudos petrográficos realizados sobre as cerâmicas permitiram identificar oito grupos de fabrico distintos, ainda que não tenha sido possível concluir sobre a origem das argilas que os constituem.
As intervenções arqueológicas permitiram identificar a existência de um estabelecimento orientalizante do século VII a.C. Desde 1990 que o sítio de Abul tem vindo a ser objecto de escavações, escavações essas dirigidas por Françoise Mayet e Carlos Tavares da Silva, no quadro da actividade da Missão Arqueológica Francesa em Portugal.
A sequencia de ocupação permitiu o estabelecimento de duas fases de construção.
A fase I constitui um momento de construção, utilização e abandono de uma estrutura muralhada.
A Fase II inicia-se com o abandono e parcial desmontagem da muralha, e pela posterior construção de um conjunto de estruturas que integram compartimentos de planta ortogonal.
A maioria das estruturas identificadas integra a Fase II de ocupação do sítio, cujo espólio permitiu enquadrar no periodo orientalizante.
As estruturas desta Fase são rectilineas e orientadas nos sentidos O-W e N-S, a organização ortogonal do conjunto edificado, forma compartimentos de planta rectangular ou quadrangular.
De um modo geral as estruturas apresentam cerca de 50 cm de espessura e são constituidas por uma base de blocos de pedra não aparelhados ligados ligados por um sedimento argiloso e uma parede de taipa que seria erigida sobre esta base petrea.
Os materiais recolhidos fornecem balizas cronológicas de ocupação do sítio em torno do seculo VII a.C., com possivel extensão ao século VI. a.C.
Estão presentes cerâmica manuais e cerâmicas a torno, nomeadamente ânforas, cerâmica cinzenta, cerâmica de engobe vermelho e cerâmica pintada em bandas.
A homogenidade tipológica apresentada dentro de cada uma destas categorias cerâmicas, vem confirmar a proposta cronológica.
A cerâmica de engobe vermelho surge em duas formas: o prato de bordo largo e a patera carenada. Tal como o tipo cerâmico anterior a ceramica pintada em bandas apresenta igualmente um reportório formal pouco variado, estando presentes os pithoi e as urnas Cruz del Negro.
As ânforas enquadram-se na sua totalidade no tipo R1 e a cerâmica manual é caracterizada pela abundante presença de taças carenadas que surgem nos contextos integrados na primeira fase de ocupação.
A fauna de Abul foi devidamente estudada, tendo ficado esclarecido que a maioria dos restos identificados pertencem a ovicaprinos, a bovinos, a coelhos, a suídeos e a cervídeos.
Os estudos petrográficos realizados sobre as cerâmicas permitiram identificar oito grupos de fabrico distintos, ainda que não tenha sido possível concluir sobre a origem das argilas que os constituem.