tag:blogger.com,1999:blog-58475756150723036792024-02-18T19:11:11.725-08:00Os Fenicios em PortugalUniversidade de Lisboa<br>
Centro de Estudios Fenicios y PúnicosEshmunhttp://www.blogger.com/profile/04316044753317272197noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-5847575615072303679.post-61882714541863431822009-01-10T08:56:00.001-08:002012-04-13T08:22:47.332-07:00Abul<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH5P-OtZ86rtrwhRo0FKBd-PAsFVTmJJdxpZsOAplguLWMUjOWxpWf1DA0GlYKmJJVzphGYrPBGKNPZQOcRnoU0wJd6eKyN_9nfoiZCIOylrXbmuK0g7H3IeQ3lALYFmA-PtoAwH5dPbTH/s1600-h/Abul.gif"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5289720242033286146" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH5P-OtZ86rtrwhRo0FKBd-PAsFVTmJJdxpZsOAplguLWMUjOWxpWf1DA0GlYKmJJVzphGYrPBGKNPZQOcRnoU0wJd6eKyN_9nfoiZCIOylrXbmuK0g7H3IeQ3lALYFmA-PtoAwH5dPbTH/s400/Abul.gif" style="cursor: pointer; float: right; height: 355px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 209px;" /></a>Abul localiza-se na margem direita do estuário do Sado, entre Alcácer do Sal e Setúbal, próximo da foz da ribeira de S. Martinho. O sítio arqueológico ocupa um ligeiro esporão, formando uma península que se destaca na margem direita do Sado entre Setubal e Alcácer do Sal.</div>
<div style="text-align: justify;">
Abul é constituído, num primeiro momento, por um edifício de planta quadrangular que estava limitado por um muro, com cerca de 1 metro de espessura, e que define um quadrado quase perfeito (22 x 22 m). Na área limitada por este muro, e a ele adossados, foram edificados uma série de compartimentos rectangulares em volta de um pátio central, também de planta quadrangular (11 x 11 m). Os compartimentos da ala Sul, com 4.5 m de comprimento por 2.5 m de largura, são consideravelmente menores que os identificados nas restantes alas (com mais de 9 m de comprimento). Os dois grupos de salas diferenciam-se também ao nível do revestimento dos solos, que no caso das de menores dimensões é de argila vermelha, enquanto nas salas da área Norte, Este e Oeste o<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhisQ6G6FSVVz5QprfT9Nsv2Y69GWif84vS3v07CKN4UhDLj47d_WlE3LJQa0y4rjOIZNLxBwjHTRrAcHkiMXn-CTIFLBqxmuDsUn2OhyphenhyphenGUvnpGaSRHFqtDCtc6rcgAtcvEmEx1XYQGwDwz/s1600-h/Planta-das-estruturas-de-Ab.gif"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5289735596661332386" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhisQ6G6FSVVz5QprfT9Nsv2Y69GWif84vS3v07CKN4UhDLj47d_WlE3LJQa0y4rjOIZNLxBwjHTRrAcHkiMXn-CTIFLBqxmuDsUn2OhyphenhyphenGUvnpGaSRHFqtDCtc6rcgAtcvEmEx1XYQGwDwz/s400/Planta-das-estruturas-de-Ab.gif" style="cursor: pointer; float: left; height: 295px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 321px;" /></a>s pisos são de areia mais ou menos compactada. Parece também relevante o facto de as salas a Norte, Este e Oeste darem acesso directo ao pátio central, e as da ala Norte estarem separadas desse pátio por um corredor.<br />
<br />
As intervenções arqueológicas permitiram identificar a existência de um estabelecimento orientalizante do século VII a.C. Desde 1990 que o sítio de Abul tem vindo a ser objecto de escavações, escavações essas dirigidas por Françoise Mayet e Carlos Tavares da Silva, no quadro da actividade da Missão Arqueológica Francesa em Portugal.<br />
A sequencia de ocupação permitiu o estabelecimento de duas fases de construção.<br />
<br />
A fase I constitui um momento de construção, utilização e abandono de uma estrutura muralhada.<br />
A Fase II inicia-se com o abandono e parcial desmontagem da muralha, e pela posterior construção de um conjunto de estruturas que integram compartimentos de planta ortogonal.<br />
A maioria das estruturas identificadas integra a Fase II de ocupação do sítio, cujo espólio permitiu enquadrar no periodo orientalizante.<br />
As estruturas desta Fase são rectilineas e orientadas nos sentidos O-W e N-S, a organização ortogonal do conjunto edificado, forma compartimentos de planta rectangular ou quadrangular.<br />
De um modo geral as estruturas apresentam cerca de 50 cm de espessura e são constituidas por uma base de blocos de pedra não aparelhados ligados ligados por um sedimento argiloso e uma parede de taipa que seria erigida sobre esta base petrea.<br />
Os materiais recolhidos fornecem balizas cronológicas de ocupação do sítio em torno do seculo VII a.C., com possivel extensão ao século VI. a.C.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcwmg6AOHqMX55XJcVIXpDXaHrxWnyR9d-H5N44bvjpyzGR1C4pXnw9aArQdB0uFkCgpr9f_TKKQwrIQeeqlwn4zjPDh2d67Cm2FSjdmGo_3ZXI2iDY0D-5o9yiVqWGIgnj4JvBjAapRaR/s1600-h/Planta-B.gif"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5289725516535406306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcwmg6AOHqMX55XJcVIXpDXaHrxWnyR9d-H5N44bvjpyzGR1C4pXnw9aArQdB0uFkCgpr9f_TKKQwrIQeeqlwn4zjPDh2d67Cm2FSjdmGo_3ZXI2iDY0D-5o9yiVqWGIgnj4JvBjAapRaR/s400/Planta-B.gif" style="cursor: pointer; display: block; height: 385px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a>Estão presentes cerâmica manuais e cerâmicas a torno, nomeadamente ânforas, cerâmica cinzenta, cerâmica de engobe vermelho e cerâmica pintada em bandas.<br />
A homogenidade tipológica apresentada dentro de cada uma destas categorias cerâmicas, vem confirmar a proposta cronológica.<br />
A cerâmica de engobe vermelho surge em duas formas: o prato de bordo largo e a patera carenada. Tal como o tipo cerâmico anterior a ceramica pintada em bandas apresenta igualmente um reportório formal pouco variado, estando presentes os pithoi e as urnas Cruz del Negro.<br />
As ânforas enquadram-se na sua totalidade no tipo R1 e a cerâmica manual é caracterizada pela abundante presença de taças carenadas que surgem nos contextos integrados na primeira fase de ocupação.<br />
A fauna de Abul foi devidamente estudada, tendo ficado esclarecido que a maioria dos restos identificados pertencem a ovicaprinos, a bovinos, a coelhos, a suídeos e a cervídeos.<br />
Os estudos petrográficos realizados sobre as cerâmicas permitiram identificar oito grupos de fabrico distintos, ainda que não tenha sido possível concluir sobre a origem das argilas que os constituem.</div>Eshmunhttp://www.blogger.com/profile/04316044753317272197noreply@blogger.com